2024: do cinquentenário ao recorde de maior produtora de energia do planeta

Site Iguassu News tam foto (20)
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Comemorando cinco décadas de fundação, a Itaipu ampliou seu compromisso socioambiental, reforçou a integração regional e se destacou nos debates do G20 sobre a transição energética global.

A Usina de Itaipu chega ao final de 2024 com marcos históricos que reafirmam sua importância para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai. São duas datas emblemáticas: os 40 anos de geração de energia (completados em 5 de maio) e os 50 anos de fundação da usina hidrelétrica (17 de maio).

Além disso, a binacional celebra uma conquista singular: ultrapassou a marca de 3 bilhões de megawatts-hora (MWh) produzidos desde sua primeira operação, em 1984, o que a coloca como a maior geradora de energia acumulada do planeta, segundo o Guinness World Records (GWR), mais conhecido como Guinness Book. “A confiabilidade, a disponibilidade das unidades geradoras e um programa de manutenção contínuo estão entre os motivos que transformaram a Itaipu Binacional em líder na geração de energia. Continuaremos assim por longos e longos anos e dificilmente seremos alcançados a curto ou a médio prazo”, comenta o diretor técnico da Itaipu, Renato Soares Sacramento.

Mas, além de recordes e datas emblemáticas, 2024 foi marcado também por robustos investimentos socioambientais, evidenciando um compromisso que vai muito além dos recordes de produção.

Segundo o diretor-geral brasileiro, Enio Verri, a Itaipu, com seu papel estratégico para brasileiros e paraguaios, direciona recursos e ações para proteger a natureza, promover o bem-estar e fortalecer políticas públicas de desenvolvimento sustentável em toda a região das duas margens do Rio Paraná, onde está instalada. “A Itaipu Binacional chega assim, ao cinquentenário, com o olhar voltado ao futuro, reafirmando sua vocação original de produção de energia limpa e renovável, mas também deixando um legado de responsabilidade socioambiental que inspira gerações presentes e futuras”, ressalta.

Conta mais barata
Em 2025, os consumidores brasileiros terão alívio na conta de luz graças ao “bônus de Itaipu”. Esse benefício, aprovado pela Aneel e anunciado pelo Ministério de Minas e Energia, somará R$ 1,3 bilhão e será destinado aos 78 milhões de consumidores residenciais e rurais que tenham consumido até 350 kWh em 2023. De acordo com o diretor financeiro da Itaipu, André Pepitone, o valor médio do bônus será de R$ 16,66 por unidade consumidora, refletindo diretamente na redução das tarifas e promovendo maior modicidade tarifária.

Desde 2023, quando a empresa quitou a dívida, a tarifa da Itaipu já foi reduzida em 26%, mantendo-se significativamente abaixo da média nacional: enquanto as distribuidoras pagam R$ 307,00 por MWh em média, Itaipu comercializa sua energia por R$ 204,95. “É a Itaipu promovendo de fato a modicidade tarifária”, afirma o diretor.

Segundo ele, o bônus é possível graças ao saldo positivo da Conta Itaipu, que acumula recursos excedentes desde 2018. Esses valores incluem R$ 399 milhões do saldo de 2023, R$ 842 milhões devolvidos ao setor após a crise hídrica e R$ 65 milhões de rendimentos financeiros. Essa política reafirma o compromisso da Itaipu com a sustentabilidade econômica e os benefícios diretos para os consumidores.

Itaipu no G20 Social, no Rio de Janeiro, ao lado de ministro e ministras. Crédito: William Brisida/Itaipu Binacional.

Destaque internacional
A dimensão socioambiental da Itaipu Binacional ganhou projeção global em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, o encontro do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, em Foz do Iguaçu, e a Cúpula de Líderes do G20 e G20 Social, no Rio de Janeiro. Por conta da Itaipu, inclusive, que Foz do Iguaçu foi a única cidade do interior a sediar uma reunião do G20 em 2024.

Em todos esses encontros, a empresa demonstrou como cuida de sua matéria-prima, a água, e como suas iniciativas contribuem para o desenvolvimento dos 399 municípios do Paraná e 35 do Mato Grosso do Sul, abrangência ampliada pela atual gestão. “A Itaipu é referência no controle do assoreamento do reservatório, pois zela pela durabilidade do recurso hídrico em longo prazo. Quanto mais cuidamos da água em um contexto sistêmico de bacias, maior será o aproveitamento desse bem para as próximas gerações”, explica o diretor de Coordenação, Carlos Carboni.

Sob o guarda-chuva do programa Itaipu Mais que Energia, criado para intensificar a proteção ambiental e social, a usina apoia a implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Itaipu, aliás, é uma das poucas empresas no mundo a ter ações alinhadas a todos os ODS e, em 2024, participou do lançamento do 18º ODS, que trata da Igualdade Étnico-Racial.

Vale lembrar que, atualmente, a energia de Itaipu supre cerca de 10% de todo o consumo elétrico brasileiro e mais de 80% do paraguaio. Esse papel vital na matriz de ambos os países ressalta a relevância do cuidado ambiental e social na gestão da binacional.

Itaipu Mais que Energia – convênios com a Caixa
No final de 2023, a Itaipu lançou um edital do Programa Itaipu Mais que Energia, em parceria com a Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão dos recursos, fiscalização e pagamento das obras.

Na primeira fase, foram aportados mais de R$ 931 milhões, com coparticipação de quase R$ 119 milhões das prefeituras, para investimentos em obras e projetos, como aquisição de caminhões para coleta seletiva de lixo, construção de abastecedouros de água comunitários; instalação de biodigestores e painéis fotovoltaicos, implementação de cozinhas solidárias sustentáveis com tecnologias limpas, incentivo à mobilidade elétrica e uso de veículos sustentáveis, adequação e pavimentação de 800 km de estradas rurais, recuperação de nascentes de rios, monitoramento da qualidade da água nas bacias hidrográficas, e construção e melhoria de sistemas de tratamento de esgoto entre outras ações.

Este ano, a empresa lançou o segundo edital, que segue aberto, com mais R$ 400 milhões destinados a projetos voltados a populações em situação de vulnerabilidade social, de baixa renda, com deficiência, povos originários, afrodescendentes e assentados(as) da reforma agrária. A expectativa é que entidades assistenciais, como as Apaes, sejam contempladas para a execução de iniciativas de impacto social direto.

Projeto Moradias. Crédito: Sara Cheida/Itaipu Binacional

Casas para famílias: Projeto Moradias
Em Foz do Iguaçu (PR), a Itaipu firmou convênio com o Itaipu Parquetec, a Prefeitura Municipal e o Fozhabita para construir 254 habitações populares. A inovação fica por conta do sistema Wood Frame, que oferece maior conforto térmico e acústico, menor uso de água e retenção de carbono, resultando em uma obra mais sustentável e com menos resíduos. De acordo com o diretor administrativo, Iggor Gomes Rocha, “o objetivo da Itaipu e do Itaipu Parquetec é que esse modelo inspire e seja replicado, diante das vantagens que ele apresenta através de um método construtivo mais sustentável e ágil, utilizando madeira de reflorestamento certificada”.

As casas vão beneficiar famílias que ocupam há mais de 30 anos a Vila Brás, área de risco junto ao Rio Poty (nascente do Rio Boicy) e classificada como Área de Preservação Permanente (APP). Boa parte dos moradores sobrevive da coleta de materiais recicláveis. As primeiras 52 unidades têm previsão de entrega para o primeiro semestre de 2025.

Indígenas participam do Projeto Opaná. Crédito: Assessoria FLD

Ações para comunidades indígenas
O compromisso de Itaipu com os povos originários ficou em evidência em 2024 com o convênio firmado com o Governo do Estado do Mato Grosso do Sul para melhorar e ampliar os sistemas de abastecimento de água em 18 aldeias de Ponta Porã (MS), beneficiando cerca de 35 mil indígenas. A indicação das aldeias foi feita pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), responsável pela condução dos projetos, enquanto a Itaipu financia as obras.

Reconhecendo uma dívida histórica com as comunidades afetadas pela criação do reservatório, a binacional também se dispôs a comprar áreas para assentamento dos grupos Avá-Guarani que reivindicam terras na região de Guaíra e Terra Roxa, no Noroeste do Paraná. “O plano prevê a aquisição de 3 mil hectares de terras, em valor de mercado e de forma voluntária, para assentar as populações contempladas pela Ação Civil Originária 3.555/DF”, explica o diretor jurídico da Binacional, Luiz Fernando Delazari. A negociação, segundo ele, envolve órgãos como a Funai e o Ministério dos Povos Indígenas.

Além disso, por meio da Diretoria de Coordenação e do projeto Opaná: chão indígena, a Itaipu também promove outras ações junto às aldeias, como a distribuição de sementes, entrega de kits de pesca, fomento às atividades culturais e capacitações.

Capacitação de servidores públicos
Outro exemplo de investimento social de Itaipu foi a oferta de cursos gratuitos de pós-graduação para quase 20 mil servidores públicos do Paraná em parceria com a Associação dos Municípios do Paraná (AMP). As especializações incluíram Autismo; Alfabetização e Letramento; Licitações e Contratos; Gestão do Esporte e Lazer.

A Binacional destinou R$ 48 milhões ao projeto, que teve como objetivo reduzir as desigualdades dos serviços públicos municipais e qualificar ainda mais os funcionários públicos. Para o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, a iniciativa permite que “o profissional da menor e mais pobre cidade do Paraná tenha o mesmo preparo de um servidor público da cidade com maior arrecadação”.

Projeto da Unila. Crédito: Divulgação

Retomada das obras da Unila
Um dos grandes avanços de 2024 foi também o lançamento do edital para finalização do campus Arandu, última obra desenhada por Oscar Niemeyer para a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Com investimento da Itaipu, a iniciativa está sendo conduzida pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (Unops), especializado em obras e infraestrutura. O edital de licitação para contratar a empresa que fiscalizará as construções está aberto e as propostas podem ser enviadas até dia 27 de janeiro de 2025. A expectativa é que as obras comecem nos primeiros meses do mesmo ano, com entregas escalonadas entre 2026 e 2028.

Nesta fase, serão concluídas as edificações iniciadas antes da paralisação em 2014, incluindo restaurante universitário, edifício administrativo, bloco de salas de aula e outras estruturas essenciais. O Unops reforça que a empresa responsável pela fiscalização terá papel fundamental no cumprimento de normas técnicas e na execução fiel do projeto original.

Explore mais