Make Music 2025 impulsiona o turismo e fortalece identidade cultural em Foz do Iguaçu

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As ações compartilhadas nas redes sociais e transmissão de performances repercutiram em mais de 120 países, potencializando as belezas naturais, agregando cultura, diversidade musical e entretenimento em espaços pouco usuais.

A edição 2025 do Make Music Foz do Iguaçu representou mais do que uma celebração da arte sonora: foi um catalisador de mobilização cultural, econômica e turística na tríplice fronteira. Em três dias de programação, de 18 a 22 de junho, o evento ocupou mais de 50 espaços espalhados pelo município, envolveu centenas de músicos, escolas, hotéis e os pontos turísticos que são símbolos da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Os resultados prospectam um alcance maior na edição 2026, diz o coordenador-geral Giovani Fagundes.
Uma das marcas desta edição foi a integração de locais turísticos reconhecidos internacionalmente à programação musical. As Cataratas do Iguaçu foram transformadas em palco para a Orquestra Barroca Jesuíta, performando repertório das Missões Jesuíticas em um cenário de natureza exuberante. Itaipu, o Marco das Três Fronteiras e o Mercado Público Barrageiro também sediaram apresentações ou viraram parte visual da experiência.
Essa conjugação entre música e paisagem turística não apenas amplia os roteiros tradicionais de visitação, mas cria atrativos diferenciados para públicos mais exigentes e interessados em cultura, natureza e experiências autênticas. Para o visitante, isso significa mais motivos para prolongar a estadia ou mesmo escolher Foz do Iguaçu como destino prioritário para vivenciar turismo cultural.
Público, economia e serviços
A estimativa, segundo a organização, é que mais de 150 músicos, entre profissionais e amadores, participaram do Make Music 2025. Cerca de 15 hotéis e hostels foram transformados em palcos, além de bares, estúdios, escolas, CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil) e espaços públicos.
Essa inclusão de estabelecimentos privados amplia a circulação de pessoas pela cidade, aquece o setor hoteleiro, restaurantes e comércio local, além de proporcionar visibilidade para empreendimentos que até então não eram vistos como espaços de evento ou cultura. Instituições de ensino e projetos sociais também ampliaram sua participação, promovendo integração social e valorização local.
Visibilidade internacional
Com ações compartilhadas nas redes sociais e transmissão de performances, o Make Music 2025 alcançou repercussão em mais de 120 países, segundo os organizadores. Essa difusão potencializa a imagem de Foz do Iguaçu como destino que vai além das belezas naturais, por mais impressionantes que elas sejam, agregando cultura, diversidade musical e entretenimento em espaços pouco usuais.
Apesar dos bons resultados, o Make Music 2025 também aponta para desafios que precisam ser enfrentados para consolidar as edições futuras com impacto ainda maior.
•Infraestrutura: garantir que espaços turísticos e públicos disponham de estrutura técnica (som, iluminação, acessos) para receber eventos culturais sem prejuízo da preservação ambiental e da experiência do visitante.
•Logística e mobilidade urbana: com atrações espalhadas, há necessidade de coordenação no transporte, sinalização e suporte para deslocamentos entre locais, especialmente para turistas que não conhecem a cidade.
•Parcerias continuadas e financiamento: é necessário manter e ampliar o apoio institucional, patrocínios e articulações público-privadas para assegurar que o evento mantenha qualidade, diversidade e alcance. O Make Music 2025 já foi possível graças à articulação entre prefeitura, secretarias municipais, apoiadores como Itaipu Binacional, CUFI, Itai, Teatro Barracão e outros.
Reflexos em números
Embora o Make Music por si só não tenha dado, até o momento, dados públicos específicos de quantos turistas extra vieram exclusivamente para o evento, ele se insere em um cenário de crescimento contínuo no turismo da cidade:
•Em 2025, os principais atrativos de Foz do Iguaçu — Parque Nacional do Iguaçu, Parque das Aves, Marco das Três Fronteiras, Itaipu, entre outros — receberam mais de 3,3 milhões de visitantes até agosto.
•Esse fluxo crescente favorece que eventos culturais como o Make Music causem efeito multiplicador nos gastos com hospedagem, alimentação, transporte e entretenimento.
O Make Music 2025 demonstra que Foz do Iguaçu pode transcender o papel de destino de natureza, ao incorporar cultura, música e participação comunitária nos espaços turísticos, acredita Giovani Fagundes. O evento reforça a identidade multicultural da fronteira, amplia o leque de atrações, e movimenta economicamente setores múltiplos.
Com planejamento consciente e expansão estruturada, o Make Music tem potencial para se tornar um ativo permanente no calendário turístico da cidade, atraindo não só visitantes de fora, mas também fortalecendo o sentido de pertencimento entre moradores.
Envolvimento
A realização é do Coletivo Cultural (CUFI) em conjunto com a RPC TV e Itai e apoio da Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec, Urbia + Cataratas, Marco das Três Fronteiras, Prefeitura, Fundação Cultural e secretarias de Educação e Turismo de Foz do Iguaçu, Mercado Público Barrageiro e dos veículos de comunicação.
Foto: Marcos Labanca/Make Music

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