Câmara debate mudança de local da nova Escola Frederico Engel

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Lideranças comunitárias do Jardim Copacabana, São Roque e comunidades adjacentes participaram da audiência pública.

Na manhã desta quarta-feira, 17 de abril, a Câmara Municipal de Foz do Iguaçu promoveu uma audiência pública, convocada em atendimento a um requerimento do vereador Marcio Rosa. O foco do debate foi a mudança de local para a construção da nova Escola Municipal Frederico Engel, na região do Jardim Copacabana e São Roque. O impasse surgiu em razão de alteração contrariando decisão anterior tomada em reunião na comunidade e inclusão da obra no orçamento participativo. Na audiência desta quarta-feira ficou definido que os líderes comunitários encaminhem uma sugestão conjunta à prefeitura e oficiem o Ministério Público para que com o número de crianças das regiões mostre a necessidade e viabilidade técnica do local mais adequado.

As comunidades atendidas pela escola estão nas duas margens da Avenida Felipe Wandscheer, ficando uma preocupação com as crianças que precisam atravessar a via para estudar. De acordo com as lideranças, o local, inicialmente votado em 2019 e posteriormente reafirmada em setembro de 2021, durante uma reunião no evento de Orçamento Participativo, acabou alterado e essa mudança não é consenso nas comunidades.

O vereador Marcio Rosa, proponente da audiência, disse que foi previamente decidido no orçamento participativo, mas houve desvio de finalidade da área, destinada para outro tipo de construção. “Defendemos que o acordo estabelecido com todos os moradores daquela região seja cumprido”, afirmou.

O presidente da Associação de Moradores do Jardim São Roque, José do Arte, defende a necessidade de construir uma segunda escola para atender toda a região, argumentando que o crescimento populacional demanda mais infraestrutura educacional. “Temos que sair daqui com uma definição entre nós da comunidade, de que a primeira e a segunda escola têm que ser construídas. Essa região está crescendo muito. É uma das regiões que está mais crescendo e então uma escola não vai suprir a nossa necessidade. É importante saber que 80% dos alunos que estudam na Frederico Engel é da nossa região (São Roque e outros)”, argumentou.

Além disso, Paulo Nunes dos Santos, arquiteto, ressaltou a importância de um consenso para a construção das escolas, afirmando que ambas as comunidades têm necessidades que precisam ser atendidas. “Precisamos chegar em um consenso na questão das escolas, porque eu vejo que a necessidade do bairro é bastante grande e volto a firmar a questão da segurança e temos que pleitear agora pela construção em ambos os locais”, completou.

A comunidade também expressou preocupações como a falta de segurança em determinadas áreas e a importância de priorizar o bem-estar das crianças. O morador Sidney Pazza destacou a importância de pensar no que é melhor para as crianças, enfatizando a necessidade de segurança nos acessos às escolas. “A gente tem que pensar hoje o que é melhor para as nossas crianças não o melhor para os adultos, porque as crianças hoje sofrem pelo motivo da Felipe Wandscheer, onde é um local de um acesso bem difícil, onde não tem segurança. Quem mora lá sabe tanto da parte do Copacabana quanto do São Roque”, defendeu.

Ageu Dias, presidente da Associação de Moradores do Jardim Copacabana destacou que por mais de 20 anos lutam pela construção da nova escola. “Pensando para daqui a 6 e 8 anos em diante, essa escola seja construída em uma beirada ou em outra trará prejuízo a comunidade em um todo e defendo que não pode sair do eixo que está, pois está centralizada mantendo um raio de distância igualitário para todos. Atravessar a Avenida tem solução segura, a exemplo do que ocorre em outros locais da cidade”, disse.

Geraldo José da Silva, Diretor da Associação de Moradores do Jardim São Roque I, II, III, Jardim Vitória e Jardim Floratta defendeu: “Isso foi tudo dentro da lei, tudo certinho, foi acordado houve a votação. A Irio Manganelli e a João XXIII desistiram em favor da gente. Isso ficou registrado, então acho que não tem a necessidade dessa mundança”. Diante dessas diversas perspectivas e preocupações, o debate continua em busca de uma solução em consenso que atenda aos interesses e necessidades de toda a comunidade envolvida.

Foto: Christian Rizzi – Câmara Foz

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