Educadores se unem em ato pacífico contra violência nas escolas e cmeis de foz

WhatsApp Image 2025-03-24 at 11.36.33
Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn
Share on whatsapp
WhatsApp

Os diversos tipos de violência foram abordados na manifestação que reuniu mais de 150 profissionais, representantes de entidades sindicais, vereadores e pessoas da comunidade.

A Praça do Mitre se transformou no ponto de encontro para o ato pacífico planejado para o último sábado (22), pela manhã, depois que a coordenadora pedagógica da Escola Duque de Caxias foi agredida por uma mãe de aluno, no início deste mês.

O caso mobilizou colegas de profissão, comunidade escolar e até representantes de outras categorias de servidores. Faixas, panfletos e adesivos pediam paz no ambiente escolar e serviram de fonte de informação sobre os diversos tipos de violência a serem combatidos.

O panfleto entregue aos participantes e a motoristas, nos semáforos próximos, explica, além dos atos que representam a violência física (tapas, socos, chutes…), também as atitudes que configuram violência psicológica (humilhações, ameaças, chantagem…), virtual (publicações em autorização, comentários depreciativos…), violência moral (xingamentos, injúrias, difamações…) e violência patrimonial (depredar espaços públicos, vandalizar, roubar e furtar…).

A diretora da Escola Municipal Duque de Caxias, Roseney Braz de Oliveira Matias, onde foi registrada a agressão no dia 13 de março, usou o espaço de fala para expressar a sensação de insegurança coletiva que a violência gerou.

“Até telefonemas a gente está tendo todo cuidado para responder, carros que param na frente da escola a gente já fica atento, mantemos os portões trancados, mudamos o acesso das crianças à escola, pedimos ajuda constantemente para a Guarda Municipal e isso atrapalha todo o andamento da escola,” lamenta ela.

A diretora ressaltou que a situação envolve uma servidora pública exemplar, que é “a primeira a chegar e a última a sair e que é o esteio da escola”. Com o justificado afastamento dela por 15 dias (respaldado por atestado), os demais profissionais precisaram assumir múltiplas funções, acarretando em sobrecargas de todo tipo.

A mãe, responsável pela agressão, foi encaminhada à delegacia e deve responder por lesão corporal, mas o que agravou ainda mais o clima de insegurança foram ameaças proferidas durante a agressão.

O Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (Sinprefi), responsável pela organização do ato, ofereceu assessoria jurídica necessária à servidora agredida e à escola. “Nós entendemos que a questão da violência é abrangente e que precisamos nos unir para defender os profissionais e a estrutura física das unidades escolares também. Há muitos pais que apoiam nossas mobilizações e isso fortalece nosso objetivo,” comentou Viviane Fiorentin Dotto, presidente do Sinprefi.

Durante o ato, as vereadoras Marcia Bachixte, Valentina Virginio e Yasmin Hachem usaram o microfone para manifestar apoio à iniciativa e aos profissionais. Os dirigentes sindicais, Aldevir Hanke (Sismufi) e Ari Luis Jarczewski (APP/Sindicato-Foz), além de outras entidades presentes como o Conselho Nacional de Segurança Privada (Conasep), representado por Fernando Lima, deram apoio ao ato e foram firmes na defesa da integridade física e moral dos servidores públicos de todas as categorias e esferas. Diretores e professores que atuam na rede pública relataram, publicamente, as situações vividas nas unidades escolares em que trabalham, comprovando a necessidade urgente de uma ação mais efetiva em prol da paz nas escolas e cmei´s do município.

Explore mais