Professores de quase todas as 51 escolas da rede municipal de ensino de Foz do Iguaçu participaram do Programa Integrado de Educação Turística (PIET). O objetivo foi sensibilizar e motivar os educadores sobre a importância de trabalhar o turismo interdisciplinarmente nas salas de aula. A ação tem potencial para impactar 19 mil alunos.
Após a recepção dos profissionais, no Ecomuseu de Itaipu, os facilitadores do Polo Iguassu promoveram uma roda de conversa sobre o turismo e hospitalidade. Para incentivar os professores a conhecer os atrativos da cidade, o programa viabilizou, com o apoio do Complexo Turístico de Itaipu, o Passeio de Kattamaram pelo Lago de Itaipu.
Conforme a facilitadora do Polo Iguassu, Karina Zavilenski Custódio, os professores compartilharam experiências e identificaram diferentes formas de falar sobre o turismo em sala de aula. A proposta destacou a importância que a atividade tem na economia de Foz e o papel de cada morador em receber bem os visitantes. “Precisamos conhecer melhor a nossa cidade e ter orgulho do lugar onde moramos”, afirmou.
O Polo Iguassu colocou o Caderno do PIET, elaborado especialmente para os professores, à disposição das escolas. O material didático, de 54 páginas, aborda o turismo, a hospitalidade e o patrimônio cultural no dia a dia da comunidade, inclusive com sugestões de exercícios lúdicos. A versão em PDF pode ser baixada, para ser usada em projeções, do site do Polo Iguassu (www.poloiguassu.org).
Avaliação – O professor pode ser um grande agente público com a missão de explicar ao estudante o papel do turismo no município. “O turista sente-se em casa quando encontra uma cidade estruturada e sinalizada, com bons serviços e morador hospitaleiro”, disse Theodorico Melo dos Santos, coordenador do ensino fundamental em Foz do Iguaçu.
Para Lucas Antonio Favero, professor na Escola Municipal Lúcia Marlene e na Parigot de Souza, a promoção da cultura da hospitalidade em Foz do Iguaçu precisa ser constante, preferencialmente como parte da formação das crianças. “O turismo movimenta nossa cidade e injeta dinheiro para nossa economia, gerando emprego e renda”, avaliou.
Servidora da Escola Municipal Altair Ferrais da Silva, a educadora Salete Inês Verner Amaro Farias acredita que o PIET é uma ferramenta para trabalhar a diversidade cultural e a integração da comunidade com os atrativos turísticos. “É um instrumento, inclusive, para apontar para os adolescentes uma perspectiva de emprego.”
Prático – A professora Maria Luiza, da Escola Municipal Papa João Paulo I, considerou a dinâmica importante porque deu exemplos práticos de como despertar na comunidade escolar o sentimento de fazer parte de uma cidade turística. “Muitos dos alunos não têm acesso aos atrativos, então agora temos o desafio de aproximar as partes”, ponderou.
Funcionário da Jorge Amado, o professor Manoel Augusto Cesar disse ter aprendido exemplos reais de como desenvolver o assunto com as crianças. “A cidade tem muito a oferecer”, resumiu. Já a professora Gisele Cristina, da Escola Municipal Gabriela Mistral, pensava que “tudo era de outro mundo”, mas agora tem uma visão diferente do turismo integrado com a cidade.
PIET sensibilizará também motoristas e cobradores
O Programa Integrado de Educação Turística é desenvolvido pelo Polo Iguassu em parceria com a Gestão Integrada do Turismo, a Paraná Turismo e o Comtur (Conselho Municipal de Turismo) e conta com o patrocínio da CVC. Além de educadores, o PIET está sensibilizando frentistas e fiscais de trânsito, mas sensibilizará ainda motoristas e cobradores do transporte coletivo.
O Polo Iguassu destaca o trabalho em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação, que por meio de sua equipe técnica possibilitou acesso aos professores, permitindo a criação de multiplicadores da cultura da hospitalidade. Ressalta também a parceria com o Sicoob Três Fronteiras, que por meio do seu projeto Cooper Jovem tem sido um apoiador e incentivador do PIET.
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(GRAMPO COMUNICAÇÃO)